Este ano será o mais quente já registrado até agora e o primeiro a ultrapassar a meta estabelecida na conferência climática de Paris de 2015, segundo dados de um serviço da União Europeia.
A temperatura em 2024 provavelmente ficará mais de 1,55°C acima do nível pré-industrial, informou o Serviço de Mudança Climática Copernicus em comunicado nesta quinta-feira (7). O histórico Acordo de Paris pediu pela redução das emissões de dióxido de carbono com o objetivo de limitar o aquecimento global a 2°C (3,6°F) e, idealmente, 1,5°C acima das temperaturas do início da Revolução Industrial.
O limite de 2°C é o teto definido pelos cientistas para evitar que a mudança climática atinja um ponto crítico irreversível, desencadeando inundações, secas e tempestades catastróficas. A meta de 1,5°C é vista como uma média de longo prazo, em vez de um ano isolado, e negociadores climáticos indicam a possibilidade de reduzir as temperaturas abaixo do limite, caso ele seja ultrapassado.
Só neste ano, por exemplo, o mundo passou por enchentes na Espanha, furacões nos EUA e Filipinas, seca em regiões da África, ondas de calor na Europa e até fenômenos climáticos devastadores por aqui no nosso país.
Por que tão quente? São duas as principais causas: as altas emissões de gases com efeito estufa e o fenômeno do El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico.
E tudo isso pode chegar no seu bolso !
Com as temperaturas mais altas, a renda global pode ser reduzida em 20% até 2050. Ao todo, o PIB global deve diminuir em quase US$ 40 trilhões — principalmente pelo impacto na agricultura; pense que a prática representa ~5% do PIB mundial, e com a crise climática gerando chuvas extremas ou calor exagerado, o impacto pode ser maior na economia de países mais dependentes do setor — como o Brasil