Como já indicavam as projeções, o IPCA, índice que mede a inflação no Brasil, fechou 2024 a 4,83%, acima do teto da meta — que era de 4,5%. O índice anual foi maior que 2023, mas menor que em 2022, quando fechou de 5,79%.

Seguindo o ritual padrão, o Banco Central precisou enviar uma carta ao Ministério da Fazenda com, teoricamente, os motivos de não ter conseguido frear a inflação por meio das medidas de política monetária, como o aumento da taxa de juros.

O fato foi motivo de memes no mercado, principalmente porque o governo se contrariou muitas vezes às altas de juros e, na visão da Faria Lima, foi o principal responsável pela alta inflação — e não o Banco Central.

Bom, apesar do estouro da meta ter sido relativo a 2024, quando Campos Neto era presidente, a responsabilidade de escrever e assinar a carta ficou com o indicado do Lula e atual presidente, Gabriel Galípolo.

Okay… mas afinal o que ele escreveu? Galípolo atribuiu o estouro da meta da inflação a três fatores: 1) forte crescimento da economia, 2) desvalorização do real e 3) fatores climáticos.

O ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ficou no comando da autoridade monetária de 2019 a 2024. O BC descumpriu a meta de inflação em 3 desses 6 anos.

Olhando para frente: Gabriel Galípolo, o novo presidente, indicado pelo Lula, assumiu o cargo na última semana e já sinalizou duas altas na taxa Selic, que levarão o juro base para 14,25% ao ano. O mercado espera uma taxa de 15% ao fim de 2025, a 1ª vez desde 2006.

FONTE