A Justiça Eleitoral abriu uma investigação em Lucianópolis, suspeitando de fraude à cota de gênero nas eleições municipais de 2024. A candidata Andréa Aparecida Silvestre, que não recebeu nenhum voto, é o foco da apuração, que busca esclarecer se sua candidatura foi apenas uma manobra para cumprir a exigência legal de 30% de mulheres na chapa do PDT.
O fato de Andréa não ter registrado nenhum voto levanta questionamentos sobre sua real participação na disputa. Casos semelhantes têm sido identificados em várias cidades do Brasil, onde candidaturas femininas são lançadas sem a intenção de competir, apenas para atender à legislação.
Se a fraude for confirmada, a Justiça pode aplicar sanções severas, como a cassação da chapa, o que afetaria a composição da Câmara Municipal. Essa prática não só viola a legislação eleitoral, mas também compromete os avanços na representatividade feminina na política.
A cota de gênero, implementada em 1995, visa garantir maior participação de mulheres em um ambiente historicamente masculino. No entanto, fraudes à regra são recorrentes, desafiando os órgãos de fiscalização e reforçando a necessidade de um debate sobre a efetividade das políticas de inclusão.
A investigação continua, e novos desdobramentos são esperados nas próximas semanas. O partido e a candidata ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso.