Um estudo iniciado em 2021 pelos psiquiatra Timo Schiele e o psicoterapeuta Bert te Wildt, ambos da Alemanha, aponta para um novo diagnóstico: o burnon. Este é considerado um "aviso" de que algo vai mal e pode gerar consequências graves se não for tratado.
O burnon é caracterizado por:
- Exaustão emocional;
- Dificuldades de concentração;
- Hiperprodutividade;
- Estado de alerta constante;
- Níveis elevados de cortisol (hormônio do estresse).
Diferente do burnout, já reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença ocupacional, o burnon é uma fase anterior, onde a pessoa ainda consegue manter o desempenho, mas já apresenta sinais de esgotamento.
Nathalia Alpino, engenheira de software, conta que vivenciou o burnon em 2018: "Trabalhava excessivamente, recebia salário menor e desenvolvi compulsão alimentar. Percebi que algo estava errado quando comecei a me isolar."
Mariana Fioravanti, publicitária e empresária, relata também ter experimentado os sintomas: "Cometi erros, estava exausta, mas não podia parar. Busquei ajuda na ioga e terapia mindfulness para encontrar equilíbrio."
Especialistas destacam:
Importância do autocuidado;
Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal;
Comunicação aberta e feedback construtivo;
Capacitação para lideranças identificarem sinais de desgaste mental;
Busca por qualidade de vida.
Para evitar a evolução do burnon para o burnout, é fundamental priorizar a saúde mental e buscar ajuda profissional.